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Drones e o Novo Cenário Operacional

Drone Hermes 900
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Drones: Avanços globais e a realidade brasileira

As aeronaves remotamente pilotadas, também conhecidas como ARPs ou drones, vêm ganhando papel estratégico nas operações de defesa modernas. Inicialmente desenvolvidas para missões de reconhecimento, essas plataformas evoluíram ao integrar tecnologias como inteligência artificial, sensores multiespectrais, sistemas de comunicação em tempo real e recursos de apoio eletrônico. Esse avanço as consolidou como ferramentas essenciais para missões de vigilância, inteligência e resposta tática.

Nos últimos anos, o uso de ARPs ganhou destaque em operações de grande escala, como as que ocorrem entre Ucrânia e Rússia e no Oriente Médio, demonstrando sua eficiência em missões de ISR, sigla para Inteligência, Vigilância e Reconhecimento. Essas missões incluem apoio à tomada de decisão em tempo real, rastreamento de alvos, logística aérea e suporte às tropas em solo. Ao mesmo tempo em que ampliam a capacidade de atuação dos Estados, os drones também levantam novos desafios técnicos e operacionais.

O papel do ISR nas operações contemporâneas

ISR é um conceito central nas operações modernas, envolvendo o uso coordenado de sensores, coleta de dados e análise integrada para oferecer conhecimento situacional preciso. Essa inteligência em tempo real permite que forças operacionais tomem decisões rápidas e informadas em ambientes diversos, inclusive em missões humanitárias, vigilância ambiental ou proteção de fronteiras.

A flexibilidade e o alcance das aeronaves remotamente pilotadas permitem que o ISR seja aplicado de forma eficiente em ações interagências, operações de combate a ilícitos, monitoramento ambiental e vigilância de áreas estratégicas. Com essas capacidades, os drones tornam-se verdadeiros multiplicadores operacionais em diversos cenários.

Brasil e os drones, uma trajetória de consolidação

O Brasil vem ampliando o uso de ARPs em suas forças de segurança e defesa, com foco na vigilância territorial e na modernização tecnológica. A Estratégia Nacional de Defesa, estabelecida em 2008, já previa o fortalecimento da base industrial de defesa e o domínio de tecnologias aeroespaciais, mesmo que o uso de drones ainda não estivesse plenamente difundido naquela época.

Como os ARP’s podem ser úteis no Brasil em diferentes frentes:

  • Monitoramento de áreas sensíveis como a Amazônia, com foco em vigilância de fronteiras, fiscalização ambiental e combate a ilícitos transnacionais
  • Apoio a operações interagências, envolvendo Forças Armadas, Polícia Federal, Ibama e outros órgãos públicos
  • Atuação em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e apoio à segurança pública em grandes eventos

Destaque operacional, o Hermes 900 e sua contribuição à FAB

Entre os sistemas em uso no Brasil, o Hermes 900 tem se destacado pelas suas capacidades operacionais. A Força Aérea Brasileira conta atualmente com essas aeronaves, operadas pelo Esquadrão Hórus, com base em Santa Maria, no Rio Grande do Sul.

Com autonomia superior a 30 horas de voo, sensores eletro-ópticos, infravermelho e radares de abertura sintética, o Hermes 900 desempenha missões de vigilância aérea, reconhecimento tático e apoio a operações integradas com outras forças. Também é utilizado em situações de emergência, como o monitoramento de áreas sob risco ambiental, e em ações coordenadas com aeronaves tripuladas.

Sua versatilidade permite aplicações que vão além do ambiente militar, incluindo vigilância de áreas costeiras, apoio à defesa civil e mapeamento de áreas remotas.

Drones como instrumentos estratégicos de soberania

O Brasil ainda não emprega drones com armamentos embarcados. Essa decisão envolve uma combinação de fatores. Do ponto de vista estratégico, a doutrina de defesa nacional prioriza a proteção do território e a atuação dissuasiva, enquanto o uso de drones armados está mais associado a posturas ofensivas, que não refletem a realidade regional brasileira.

Há também fatores políticos e sociais, incluindo a preferência por investimentos em tecnologias de defesa passiva e vigilância, e a preocupação com a imagem internacional do Brasil como um país pacífico e cooperativo na América Latina.

A evolução dos drones no Brasil mostra um caminho sólido de modernização e integração tecnológica. Com plataformas como o Hermes 900, o país reforça sua capacidade de proteger o território, antecipar ameaças e operar de forma integrada com diversas agências.

A aposta em sistemas de vigilância e inteligência oferece ganhos reais em segurança, eficiência operacional e soberania nacional. O cenário global aponta para uma crescente valorização de dados, sensores e interoperabilidade, áreas nas quais o Brasil já dá passos firmes.

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Créditos da Imagem

Sargento Muller Marin / Força Aérea Brasileira